LUDIA CONSCIENTE DA IMPORTÂNCIA DO REGISTO DE NASCIMENTO EM ZAMBÉZIA
LUDIA CONSCIENTE DA IMPORTÂNCIA DO REGISTO DE NASCIMENTO EM ZAMBÉZIA
Muitos são os casos de famílias não registadas. Em Moçambique, principalmente nas zonas rurais existem pessoas que não fazem ideia do que significa registo de nascimento - acabando assim, pais, mães e encarregados de educação não registados, por comprometer o registo dos seus filhos e das crianças sob sua custódia.
Ludia Ramia mãe de quatro filhos não registados, é um desses exemplos, não conhece a sua idade mas estima-se que esteja entre os 24 e 28 anos. Natural e moradora na comunidade de Maço, Posto Administrativo de Megaza que dista acima de 60 Km da Villa Sede de Morrumbala, na Zambézia, nunca tinha ouvido antes falar do registo de nascimento, “eu não sabia que as pessoas devem ser registadas” afirma.
Com efeito, foi durante as acções de mobilização comunitárias realizadas pelo Comité Comunitário de Saúde de Chifungo que Lúdia teve a explicação sobre a necessidade e importância do registo de nascimento. Embora não tenha sido abrangida, ela fez questão que todos seus quatro filhos fossem registados assim que o brigadista se fez presente na sua comunidade uma semana depois.
Thamandane, Sefva e Paulo de 8, 6 e 3 respectivamente, todos filhos de Ludia, foram resgistados por estimativa porque a mãe não sabe a idade certa. Nesse, filha última de 8 meses de idade, ainda com o cartão do hospital com seus dados, teve uma sorte diferente da dos seus irmãos.
Agora, Ludia Ramia tem a devida documentação dos seus filhos e está ciente de que podem advir vários benefícios, como o acesso a educação, Serviços de Saúde e entre vários documentos e por isso aconselha aos outros pais e encarregados de educação para que adiram ao registo de nascimento.
"Estamos muito felizes por este trabalho que a Save the Children está a fazer junto com o governo. Os tempos mudaram e uma pessoa sem cédula, nada pode fazer. Com este trabalho de sensibilização, muitas pessoas ficaram conscientes da importância do registo e as crianças poderão ser registadas conscientemente", afirma Francisco Otera, líder comunitário de Maço.