SEM SABER PARA QUÊ, PAI REGISTA SUA FILHA AOS SETE MESES DE IDADE!
SEM SABER PARA QUÊ, PAI REGISTA SUA FILHA AOS SETE MESES DE IDADE!
O desconhecimento da importância do registo de nascimento não é um problema peculiar das zonas rurais ou mais recônditas. Nos centros urbanos também existem pessoas que não reconhecem a gigantesca utilidade do registo de nascimento.
Enquanto muitas ainda relacionam a importância do registo de nascimento a aspectos ligados à suas necessidades imediatas, outros nem se quer conseguem apontar razões que lhes fazem efectuar o registo de suas crianças.
Para a ambição do Governo Moçambicano, não basta que as pessoas se registem, é necessário que elas saibam porque o fazem. E para tal, há que dar maior enfase às mensagens sobre a importância do registo de nascimento se realmente pretendermos estimular o aumento da procura dos serviços de registo civil de forma consciente.
Plínio Rafael Cossa, é morador da comunidade de Marien Nguabi B, uma das zonas periféricas da cidade de Xai-Xai, na província de Gaza. Recentemente, Plínio registou sua filha por simples indicação do seu vizinho. E mesmo tendo conseguido registar a sua primeira sorte, Luciana Plínio Cossa, com sucesso, Cossa não sabe de quê lhe vai valer a devida documentação da sua criança que agora conta com sete meses de idade - o silêncio, foi a resposta do Plínio Cossa quando questionado sobre as razões que lhe motivaram a registar sua filha Luciana.
Face a isso, o Governo de Moçambique, com o financiamento do Governo do Canadá e assistência técnica da Save the Children e UNICEF, tem envidado esforços de mobilização e sensibilização social com vista ao esclarecimento das comunidades sobre a importância do registo de nascimento.
Casa-a-casa, porta-a-porta, debates e diálogos comunitários são parte das abordagens dos comités comunitários com os quais o governo conta para alcançar o maior número de pessoas possíveis - “identificamo-nos com a causa e a partir dos treinamentos em matérias de fundamentos legais sobre registo de nascimento e outros eventos vitais, procuramos esclarecer o máximo possível as pessoas com as quais convivemos sobre a importância de termos todas nossas crianças documentadas”, afirma Rafelina Moisés, líder comunitário e membro do comité comunitário de Marien Nguabi B.